Vida Contemplativa na Bendita Árvore da Cruz

A casa contemplativa do Instituto dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento, a Bendita Árvore da Cruz, fundada em 12 de outubro de 2006, é conhecida como o pulmão do Instituto pois é neste lugar onde há religiosos que vivem inteiramente em adoração, oferecendo-se a Deus como um ato de reparação pela Igreja. “Contemplar Cristo implica saber reconhecê-Lo onde quer que Ele Se manifeste, com as suas diversas presenças mas sobretudo no sacramento vivo do seu corpo e do seu sangue. A Igreja vive de Jesus eucarístico, por Ele é nutrida, por Ele é iluminada. A Eucaristia é mistério de fé e, ao mesmo tempo, « mistério de luz»”

Na adoração ao Santíssimo Sacramento, os religiosos contemplam o rosto de Jesus para estar em perfeita comunhão com o coração de Deus. Nesta entrega profunda, doce e suave, as intenções de oração pela Igreja são direcionadas ao Santo Padre, o Papa, aos bispos, sacerdotes, leigos, amigos e benfeitores de toda a família religiosa, e pelo Instituto dos Filhos da Pobreza do Santíssimo Sacramento.

Irmão Luiz explica o objetivo da vida contemplativa: “Este Ramo de vida, visa antes de tudo com o testemunho da vida consagrada (cfc CDC Cân. 673), a primazia da contemplação silenciosa, dando a ele a máxima honra que podemos com a oblação do que temos de mais precioso, nossa própria vida como uma retribuição de amor ( cf jo13,34), comungando de seu aniquilamento no véu do sacramento, nos encerrando em uma clausura por oferecimento livre, para também nos configurarmos a ele no sacrário e em comunhão com ele estar a serviço da glória de Deus.”

A casa também recebe a visita de outras pessoas que se juntam aos Irmãos Agraziato, Neemias, Luiz José e Estevão, religiosos que fizeram os votos de aliança de oblação de amor, para participarem de missas, cenáculos e adoração neste local pois a finalidade é que as pessoas possam se reerguer a uma profunda paixão por Jesus.

Os votos de aliança de oblação de amor feitos pelos religiosos da Bendita Árvore da Cruz são um compromisso de se oferecer a Deus como um ato de reparação pela Igreja. Essa é uma decisão que depende de uma profunda experiência vocacional a ser realizada por religiosos que já pertencem ao Instituto dos Filhos da Pobreza. Ela consiste em três etapas: primeiro o vocacionado faz a experiência de morar na casa durante 30 dias no ano divididos em duas vezes de 15 dias; na terceira vez que ele retorna, a estadia será de um ano para discernir a vocação. Passado este período, o religioso faz os votos de oblação de amor, os quais ocorre sempre no domingo da misericórdia e no dia da exaltação da Santa Cruz.

“Os votos de oblação acontecem ao final da Santa Missa por meio de uma oração de entrega de si. Na aliança de amor recebemos as insígnias: Cruz, terço e o solideo”, disse o Irmão Luiz José.

“À oblação de Cristo unem-se não só os membros que estão ainda neste mundo, mas também os que já estão na glória do céu: é em comunhão com a santíssima Virgem Maria e fazendo memória d’Ela, assim como de todos os santos e de todas as santas, que a Igreja oferece o sacrifício eucarístico. Na Eucaristia, a Igreja, com Maria, está como que ao pé da cruz, unida à oblação e à intercessão de Cristo.” 2 O nome Bendita Árvore da Cruz, portanto, originou-se da paixão de Cristo a qual deu origem à Árvore da Vida: “Se a vida não tivesse sido cravada, não  brotariam do lado as fontes de imortalidade, o sangue e a água, que lavaram o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a Cruz, a morte não teria sido vendida e não teria derrotado o inferno”.

“A Árvore da Vida, ó Senhor, é a vossa Cruz”

1. CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE A EUCARISTIA NA SUA RELAÇÃO COM A IGREJA

2 (CIC 1370)

3 Sermões de Santo André de Creta, bispo (segunda leitura do ofício das leituras 14 de Setembro.

4 Primeira antífona do ofício das leituras , do domingo da primeira semana do saltério